Enquanto realizava uma tradicional cerimônia anual na cidade do Vaticano, junto ao corpo diplomático vaticano, o Papa Francisco lamentou nesta segunda-feira(8) sobre essa “catástrofe educacional”, que aconteceu em decorrência da pandemia do Covid-19.
“Nós estamos assistindo a uma espécie de catástrofe educacional perante a qual não podemos permanecer inertes para o bem das gerações futuras. A pandemia nos obrigou a ficar longos meses em isolamento e muito em solidão, fez emergir a necessidade que cada pessoa tem de ter relações humanas. Penso, sobretudo, nos estudantes, que não puderam frequentar regularmente à escola ou à universidade”, destacou.
Francisco acrescentou, “o aumento do ensino a distância causou ainda uma maior dependência da internet de crianças e adolescentes e, em geral, de formas de comunicação virtual”.
Papa novamente falou sobre cobrar o acesso igual para as vacinas disponíveis entre os países, não importando serem ricos ou pobres, dizendo que nessa crise sanitária que estamos passando “não pode existir a lógica do lucro a guiar um campo assim delicado que inclui a assistência sanitária e os cuidados”.
“Exorto a todos os Estados que contribuam ativamente nas iniciativas internacionais voltadas à assegurar uma distribuição igualitária das vacinas, não seguindo critérios puramente econômicos, mas levando em conta as necessidades de todos, especialmente, daquelas populações mais necessitadas”, incluiu.
Jorge Mario Bergoglio também lembrou que não está faltando ou precisando apenas das vacinas para que possamos lutar contra o coronavírus Sars-Cov-2, mas também “ter comportamentos pessoais responsáveis para impedir a difusão da doença através de necessárias medidas de prevenção às quais nós já nos habituamos nesses meses”.
“Seria fatal colocar toda a confiança só nas vacinas, quase como se fosse uma panaceia que isenta o indivíduo do constante compromisso com a sua própria saúde e com a dos outros”, incluiu.
Enquanto falava sobre a Itália, que está passando por uma crise política desde janeiro e também sendo um dos países mais afetados pela pandemia do coronavírus Sars-Cov-2, Fracisco citou Dante Alighieri, “que lembramos o sétimo centenário da sua morte neste ano”.
“Quero enviar um pensamento especial ao povo italiano, que foi o primeiro na Europa a enfrentar as graves consequências da pandemia, pedindo que não se deixe abater pelas dificuldades atuais, mas que trabalhem unidos para construir uma sociedade na qual nenhum seja descartado ou esquecido”, acrescentou.
Fonte indicada e adaptada: UOL
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