A resiliência é a nossa capacidade de lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, estresse, algum tipo de evento traumático, entre outros.
Em um artigo publicado no portal CNBC, a cientista e pesquisadora Lisa Feldman Barrett aborda o tema da resiliência em crianças e propõe 7 dicas para desenvolver nelas, uma mente forte e flexível.
Leia também: Menino de 11 anos dá banho e vacina cães de rua para ajudá-los a encontrar um novo lar
Confira as dicas de Lisa, separadas diretamente de seu artigo abaixo:
1 – Seja um jardineiro, não um carpinteiro
A ideia aqui não é moldar o cérebro da criança ao gosto do adulto, mas criar um ambiente fértil para que ele possa florescer por conta própria, criando um ambiente saudável para o crescimento dos pequenos em qualquer que seja a direção escolhida.
“Você pode querer que seu filho toque violino no Symphony Hall algum dia, mas forçá-lo a ter aulas (a abordagem do carpinteiro) pode criar um virtuose, ou uma criança que vê a música como uma tarefa desagradável. A abordagem do jardineiro seria espalhar uma variedade de oportunidades musicais pela casa e ver quais delas despertam o interesse de seu filho”, diz Lisa.
Depois de entender as aptidões naturais do seu filho, a especialista sugere que os pais “ajustem o solo” para que ele crie raízes e floresça.
2 – Converse e leia para seu filho
Por mais novo que seja o seu filho, e ainda que ele não compreenda o significado das palavras, pesquisas apontam que essa prática cria uma base neural favorável para o aprendizado posterior. Isso também tende a melhorar o vocabulário das crianças e sua compreensão de leitura.
A pesquisadora também defende a importância de ensinar as crianças os nomes das emoções, e o que as provoca. “Fale sobre o que causa emoções e como elas podem afetar alguém: ‘Está vendo aquele menino chorando? Ele está sentindo dor por ter caído e arranhado o joelho. Ele está triste e provavelmente quer um abraço dos pais’. Pense em você como um guia turístico de seus filhos através do misterioso mundo dos humanos e seus movimentos e sons.”
3 – Explique as coisas
Mesmo que pareça cansativo às vezes, responder às perguntas das crianças e explicar o mundo para elas torna as vivências mais previsíveis o que, segundo Lisa, é benéfico. “Os cérebros funcionam com mais eficiência quando prevêem bem.”
Outra dica importante é evitar justificar suas decisões com “porque eu disse e pronto”. “As crianças que entendem as razões para se comportar de uma determinada maneira podem regular mais eficazmente suas ações. Esse raciocínio os ajuda a compreender as consequências de suas ações e estimula a empatia”, defende.
4 – Descreva os comportamentos, não as pessoas
“Quando seu filho bater na cabeça de sua filha, não o chame de ‘menino mau’. Seja específico: ‘Pare de bater na sua irmã. Isso a machuca e a deixa irritada'”, sugere Lisa.
E a mesma regra vale para elogios. “Não chame sua filha de ‘uma boa menina’. Em vez disso, comente sobre as ações dela: ‘Você fez uma boa escolha em não bater em seu irmão de volta.’ Esse tipo de formulação ajudará seu cérebro a construir conceitos mais úteis sobre suas ações e ela mesma.”
5 – Ajude seu filho a imitar você
A melhor forma que uma criança tem para aprender é brincando, observando e imitanndo seus pais. Então, inclua seu filho nas atividades do dia a dia da casa, proporcionando a chance de uma imitação divertida. “Entregue a eles uma vassoura em miniatura, uma pá de jardim ou um cortador de grama de brinquedo e deixe a imitação começar”, diz.
6 – Exponha seus filhos ao máximo de pessoas possível
Além daqueles que já fazem parte do convívio rotineiro das crianças (pais, avós, tios e amigos próximos), é importante que os pequenos convivam com o máximo de pessoas possível, para entender a diversidade da sociedade em que vivemos.
“De acordo com pesquisas, bebês que interagem regularmente com falantes de diferentes línguas podem reter conexões cerebrais que os ajudem a aprender outras línguas no futuro. Da mesma forma, bebês que veem muitos rostos diversos podem se conectar para melhor distinguir e lembrar uma variedade maior de rostos mais tarde na vida. Este pode ser o passo antirracismo mais simples que você pode dar como pai”, defende Lisa.
7 – Apoie as experiências do seu filho
“Quando seu filho de dois anos joga o cereal no chão e espera que você pegue, ele não está ‘manipulando’ você. Mais provavelmente, ele está aprendendo algo sobre a física da gravidade. Ele também está aprendendo que suas ações afetam o mundo ao seu redor. Então pegue os cereais e deixe-o tentar novamente”, diz a especialista.
No entanto, na prática, saber a hora de intervir e de não intervir é um desafio. “Se você está sempre presente, orientando seu filho e cuidando de todas as suas necessidades, ele não aprenderá a fazer as coisas sozinho. Às vezes, deixá-lo lutar cria resiliência e o ajuda a compreender as consequências de suas ações.”
Leia também: Jovem se disfarça de Homem-Aranha para pedir amiga em namoro no cinema, mas ela rejeita [VIDEO]
Fonte: Crescer
Compartilhe o post com seus amigos! 😉
No vasto cenário do avanço tecnológico, poucos desenvolvimentos são tão promissores quanto a…
Não raro, encontramos na rede textos de absoluta sabedoria cuja autoria, por mais que procuremos,…
Davi conseguiu causar na internet após uma entrevista ao programa “Mais Você”, da TV Globo,…
Na manhã desta quinta-feira, 18, o humorista Fábio Porchat conseguiu uma chuva de comentários raivosos…
A interpretação de uma ilusão de ótica pode revelar insights sobre a mente e a…
A paraense disputou a permanência na casa com Isabelle (48,66%) e Matteus (2,23%). A berlinda foi o Paredão…