Do site G1
Conforme noticiamos ontem, uma fatalidade se deu a uma jovem de 20 anos ao aplicar injeções para abortar a gestação de um menino de 27 semanas. Após fazer a aplicação das injeções, ela reclamou de dores ao namorado. Eles haviam comprado e feito uso do chamado “kit aborto” pela internet por R$ 1.400.
O caso foi registrado na terça-feira (26), em Votorantim (SP). O rapaz, de 22 anos, foi preso em flagrante, mas será investigado em liberdade.
O namorado relatou à polícia que o casal soube da gestação há cerca de um mês, quando ela afirmou sentir sitomas e decidiram fazer um teste de farmácia, que confirmou.
Fizeram, então, uma ultrassonografia e constataram a gravidez de 27 semanas de um menino. Durante uma conversa entre os dois, ela citou receio de prosseguir com a gestação e como contaria à família sobre o filho.
Ambos chegaram a consenso de não seguir com a gestação, ainda com base no relato, por conta da idade e “pouca e experiência”.
Segundo o namorado afirmou, a vítima teria feito pesquisas sobre métodos abortivos. O rapaz relatou que chegou a falar sobre risco, mas que concordaram com a compra da substancia abortiva, que foi realizada pela vítima, no valor de R$1.400, via PIX.
O G1 apurou que a encomenda foi entregue na casa do rapaz. Contudo, segundo o relato, os dois combinaram de achar um local para aplicarem o produto, o qual foi uma pousada no bairro Campolim, na Zona Sul de Sorocaba.
O investigado detalhou que a vítima pegou as injeções e confessou que tinha medo de aplicar. Em seguida, pediu ajuda ao namorado. Ao todo, foram quatro aplicações na barriga. A “técnica” de como injetar o medicamento, segundo o rapaz, foi explicada pela pessoa que vendeu o produto à vítima.
‘Minha barriga parece que vai explodir’
Segundou relatou o namorado da gestante, no dia seguinte, os dois foram trabalhar e perto do fim do turno a jovem contou que sentia dores de cabeça e cólicas. Ainda segundo o registro, os sintomas pioraram com o passar das horas e surgiram dores no estômago e vômitos.
Em determinando momento, Ana contou a ele: “minha barriga parece que vai explodir”. Segundo o namorado, a vítima o questionou sobre pedir ajuda aos seus pais, o qual disse a ela para manter a calma e por achar que a situação não era grave. Assim, a a orientou para não contar sobre o caso.
De acordo com o documento, a vítima insistiu em falar sobre o problema com a família e o namorado continuou pedindo para que não o fizesse. Os dois estavam preocupados com o dia seguinte de trabalho.
Com um suposto parto da criança em casa, o investigado afirmou à polícia que sugeriu que namorada entrasse em contato com a técnica em vez de ir ao hospital. Durante a conversa, em meio às dores, a vítima lhe disse em seguida que a bolsa havia estourado e não teve resposta da suposta técnica.
Questionado sobre o momento que a vítima queria falar com os pais, o interrogado disse que estava nervoso. Ao fim da noite, conforme ele, os dois conversaram rapidamente, mas a vítima informou que não poderia falar e tentava dormir.
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